Nelson Ned: O pequeno homem da voz de trovão da Gospel Music do Brasil

Nelson Ned já gravou 25 álbuns desde sua conversão em 1990

Luís Alberto Caju

 Quem não conhece Nelson Ned fica espantado com o vozeirão que sai da boca daquele homem de apenas 1,12 metros. Desde sua conversão a Jesus Cristo já gravou 25 álbuns, muitos deles de louvores da harpa cristã. Exemplo disso é o molho que dá ao hino “Deus Velará por Ti”. Antes de chegar aos braços do Senhor, ele tinha uma carreira artística sólida como cantor e compositor de canções sentimentais.

 Muitas delas lançadas na América do Norte, Europa e África. Ganhou vários Discos de Ouro, tanto no Brasil quanto no Exterior. Artistas como Mantovani e Matt Monroe, Moacir Franco, Antônio Marcos e Agnaldo Timóteo regravaram suas músicas.

 Mas a vida por trás dos palcos do Show Biz não é tão bonita. É carregada de cobranças e energia para manter-se de pé no cumprimento da agenda de shows. Nelson Ned reconhece que na busca de forças virou refém das drogas, que acabaram prejudicando sua saúde.  

 Porém antes de chegar aos pés de Jesus Cristo muita água passou embaixo da ponte. Na década de 1960, aos 13 anos, venceu o Primeiro Festival da Canção Argentino com o hit “Tudo Passará”, empurrão para carreira internacional de sucesso no Exterior. A partir daquela época apresentou-se diversas vezes nos Estados Unidos, principalmente na badalada e famosa casa de espetáculos Carnegie Hall, local onde no início dos anos de 1960 foi lançada a Bossa Nova.

 O seu talento o ajudou a vender 1 milhão de discos naquele país, sendo o primeiro artista latino americano a conseguir tão façanha.  Nesta estrada emplacou nas paradas hits como “Será, Será”, “Se Eu Pudesse Conversar com Deus” e” Não Tenho Culpa de Ser Triste” e “Caprichos”, lançada na década de 1980. No auge da música secular, Nelson cantava em locais famosos no mundo artístico, como Madison Square Garden, em Nova York. E eventos grandiosos no México.

 Aos poucos ele percebeu que sem a ajuda de Jesus Cristo logo iria ao buraco e a fama não teria forças de impedir a derrocada. É quando olhou para alto e pediu que o Senhor segurasse em suas mãos, lhe mostrando um novo caminho a seguir. Porque onde estava transitando era a estrada de destruição construída pelo Maligno. Teve encontro com Deus e passou a gravar música evangélica, inclusive diversos hinos da harpa cristã.

 Sua conversão abriu o caminho para outros artistas de renome se renderem ao chamado de Jesus Cristo. Por causa do estilo romântico de suas canções, até hoje muitas pessoas não evangélicas assistem suas apresentações com hits da Gospel Music.