Numa cantata de Natal, ela estava interpretando um solo

Luís Alberto Alves/Hourpress

Josely Scarabelli nasceu na cidade mineira de Itueta, numa família cristã, descendente de portugueses e italianos. Logo cedo, em 1951, começou a cantar, ao chegar ao Rio de Janeiro, quando os seus pais foram morar naquela cidade.

Passou a freqüentar a Igreja Batista de Guadalupe, onde teve os primeiros contatos com a Gospel Music do Brasil. Pelas Graças de Jesus, o maestro e arranjador Jaziel Braga foi morar próximo da casa dos pais de Josely e congregar na mesma denominação.

Numa cantata de Natal, ela estava interpretando um solo. Jaziel percebeu que estava diante de um diamante, em uma voz de soprano maravilhosa. Lançou o primeiro compacto (disco de vinil com duas canções de cada lado) “Faz-me uma benção Senhor”, em 1969.

Neste lindo trabalho, Jaziel tocou piano e órgão. Josely participou do programa Peça Seu Hino Preferido, campeão de audiência naquela época, sob direção de Josias Menezes. Sua música ficou entre as 10 mais tocadas naquele ano. Ela entrou na caravana de louvor de Josias Menezes.

Josely na década de 1970

Ao longo de 50 anos gravou 12 LPs (disco de vinil com 12 músicas), além de compacto e CD, misturando os louvores mais pedidos e versões estrangeiras. Josely se inspirou em grandes adoradores, como Luiz de Carvalho, Feliciano Amaral e Edgar Amaral.

Como grande serva de Jesus percebe que a atual Gospel Music tem pouca unção. Segundo ela, com algumas exceções, prevalece mais o lado humano e chavões para chamar a atenção de quem ouve.

Josely percebe que a mídia, com verniz evangélico, deixou de lado os batalhadores da Gospel Music de 50 anos atrás, quando hinos de louvor a Deus era chamado de “música de crente”, em tom pejorativo.

Ela enumera nomes que jamais deveriam ser esquecidos, como: Luiz de Carvalho, Feliciano Amaral, Edgar Martins, Misael e Dorcas, Arautos do Senhor, Edison e Telma, Enoc e Priscila, José Tostes, Cícera e Gidalva, Paulo Moreira, Cicero Silva, Maria do Carmo, Otoniel e Oziel, Conjuntos Sonoros, Vitorino Silva, Guimar Victor,