As belas letras de Sérgio Lopes se destacam na Gospel Music do Brasil |
Luís Alberto Caju
Sérgio Lopes é sem sombra de dúvida o Milton Nascimento da Música Gospel
brasileira. Suas canções apresentam belas letras e melodias, além de arranjos
suaves, sem cair na pieguice dos hits que tocam em consultórios de médicos e
dentistas. Tudo é feito na dose certa. Descreve uma história, de forma poética,
sem agredir os ouvidos e também mostrando que ainda existe vida útil neste
segmento, que começou a banalizar, com muitos oportunistas gravando louvores
evangélicos em busca apenas de dinheiro e fama, que perderam no mundo secular.
Com 39 anos, este paraibano da “gota serena”
ganhou destaque no segmento gospel do Brasil por manter um estilo livre de
influências, deixando em segundo plano os modismos. É consciente que o homem é
frágil, dependendo apenas da Graça de Jesus Cristo para continuar vivo. Os
louvores de Sérgio Lopes transmitem esperança, paz e conforto ao espírito,
quando o cristão enfrenta lutas.
A caminhada dele começou em 1990, apesar de
compor desde a adolescência, quando já cantava no coral jovem da Igreja
Evangélica Congregacional de Campina Grande, onde ficou até 1979. No ano
seguinte entrou no Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha em Natal, Rio Grande
do Norte. Em 1982 acabou transferido para o Rio de Janeiro, onde fixou moradia
definitiva.
O ano de 1983 marcou a criação do Grupo
Teatral Evangélico do RJ, dirigindo a peça O Intruso dos Nossos Natais, no
Teatro Cacilda Becker, para um público composto apenas de evangélicos. Em 1984
começou a estudar Direito na Universidade Santa Ursula e passou a gravar música
gospel em 1986 com o grupo Altos Louvores, após ganhar o troféu de Primeiro
Lugar no I Festival Nacional de Música Sacra, no Teatro Villa Lobos em
Copacabana, com o louvor “Agora Posso Crer”, regravada em 1999 como “Centurião
Romano”, no CD A Fé, pela Line Records.
As apresentações forçaram o curso de Direito
ser interrompido. Ficou no grupo Alto Louvores até 1988, de onde saiu também
Marquinhos Gomes. Em 1990 gravou o primeiro disco solo que estourou nas
primeiras rádios FMs de programação evangélica. Cinco anos depois saiu da
Marinha para se dedicar à música. A
canção “Lamento de Israel” (1997) o tornou conhecido no Brasil e Exterior, além
de ser traduzida em diversos idiomas.
Com mais de 18 álbuns gravados e diversos
Discos de Ouro; em 2007 já tinha vendido acima de 5 milhões de cópias. Seus
louvores que estão na boca de todo cristão de fé são: “O Amigo”, “Para Onde Vão
as Aves”, “O Filho Pródigo”, “O Rei e o Ladrão”, “A Dor de Lázaro”, “A Fé”, “Yeshua
Ha´Mashiach”, “Lentilhas” e “Lamento de Israel”, “Hosana”. Já se apresentou no
Canadá, Portugal, Estados Unidos, França, Espanha, Israel, Itália e Argentina.
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