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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Israela Claro: a gatinha da Black Music Gospel do Brasil



Israela Claro morou algum tempo nos Estados Unidos e de lá trouxe o molho gostoso da Black Music


Luís Alberto Caju

 Filha do cantor e compositor Claudio Claro, Israela, 22 anos, é ministra de Louvor e aluna da Escola de Ministros Rhema no Rio de Janeiro. Após lançar o primeiro CD, não tinha certeza deste chamado na obra de Deus, como toda serva obediente procurou orar para pedir direção ao Senhor. Segundo ela, na mesma noite Jesus Cristo respondeu e escreveu a primeira canção. Por causa do envolvimento do pai com música, esteve sempre em estúdios, locais de gravação e neste tipo de ambiente.
 Morou algum tempo nos Estados Unidos, na região de San Francisco, Califórnia, onde fica a fervente Los Angeles. Ali visitou diversas igrejas evangélicas. No retorno ao Brasil percebeu que Deus iria direcionar ao ministério de Louvor. Por ser adolescente, procurou como Jonas se desviar do caminho que Jesus Cristo apontava para ela, pois queria estudar e curtir essa fase da vida, onde a maioria das pessoas pensa que a vida é só alegria. Dos 19 aos 21 anos lecionou inglês até chegar o momento de abraçar a proposta do Senhor: ganhar almas por meio da música.
 O primeiro CD tem composições de seu pai e de Livingston Farias, além de outras que o Espírito Santo a inspirou a escrever. Como morou por determinado período nos Estados Unidos, ela repetiu o gesto de Tim Maia, absorvendo a essência da Black Music norte-americana, trazendo para suas canções a explosiva e cativante mistura da Soul Music, R&B, Pop e Blues.
 Como cristã praticante do evangelho, como ensina o apóstolo Tiago, quando enfatiza que não podemos ser apenas ouvinte, mas praticante da palavra do Senhor, Israela percebeu que é difícil entrar neste mercado, que infelizmente está muito parecido com o de música secular, onde se visa apenas dinheiro e fama, deixando o chamado de Jesus Cristo em segundo plano.
 Israela sabe que não é suficiente ter grande conhecimento na área, é necessário batalhar. Matar um leão por dia. Para tanto é salutar confiar no Senhor, pois a força do braço vai acabar atrapalhando os projetos que Deus reservou. Para ganhar fortalecimento espiritual entrou na Escola de Ministros, visando curar feridas da alma e aumentar a intimidade com Deus. Não demorou para assinar contrato com a gravadora Som Livre. 
 Destacam no seu primeiro CD as faixas "Pense Bem", Blues daqueles bem típicos das igrejas evangélicas dos Estados Unidos, "Amém Amor" lembra muito o estilo de Mariah Carey, até nos vibratos, "Sou Assim", com participação do rapper Lito Atalaia, é o molho RAP; muito bonita é  intimista "Aleluia", só com voz e teclado;"Glory to Jesus" merece destaque, por causa do belo arranjo, revelando que Israela absorveu a essência da Black Music Gospel que ocupa grande espaço nos cultos cristão nos Estados Unidos. 
 O crescimento ao lado de seu pai, a fez gostar muito de música. Ele traz o mesmo DNA de ministros de Louvor como Asaph Borba, Adhemar de Campos entre inúmeros servos de Deus que ganharam muito destaque neste segmento. A canção “Pão da Vida”, gravada pelo pastor Manassés, foi escrita na época em que a mãe de Israela estava grávida dela.

 Mesmo quando soube que o pai estava com câncer no estômago, ele continuou firme no Senhor, orando e louvando, além de declarar a palavra. Como ocorre sempre, a Medicina o desenganou. Profetizaram que após a cirurgia, teria de enfrentar, para o resto da vida, o tenebroso tratamento de quimioterapia e radioterapia, sem qualquer garantia de vida. Porém, o seu pai declarava sua cura. Jesus Cristo mudou todos os planos dos médicos. Os 25 anos de carreira musical estão sendo usados para deixar a carreira artística de Israela mais rica em talento. 

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