João é cantor e compositor de Gospel Music, além de
arranjador e produtor. Ex-participante do Milad (Ministério de Louvor e
Adoração), participou de gravações de diversos músicos. Teve como marca o
conjunto Grupo Pescador, com quem gravou o disco Contraste.
Nascido numa família evangélica em Campinas em 1964,
recebeu influência do movimento iniciado pelo grupo Vencedores por Cristo,
particularmente por Sergio Pimenta e Aristeu Pires Junior, que pretendiam
colocar na Gospel Music do Brasil a nossa cultura nacional. Em 2006 ganhou o
Troféu Talento na categoria Melhor Arranjo, com o louvor “A Volta do Filho
Pródigo”, de Gerson Borges.
O duo Edison e Telma é outra grande marca da Gospel
Music do Brasil. Começaram a carreira na década de 1970 e escreveram o nome da
galeria dos grandes adoradores do Senhor. É maravilhoso ouvir o disco “Eu
Prefiro Ficar com Deus”.
Exemplo disso é álbum “Deus Vivo”, de 1983,
considerando por muitos estudiosos da música cristã como a maior obra da Gospel
Music do Brasil. O mais curioso é que nos diversos louvores deles, tudo tem a
marca da simplicidade, de um excelente violão, como fazem as excelentes duplas.
Nem de longe os louvores atuais chegam perto
daqueles que a dupla Jair e Hozana gravaram na década de 1960, época em que
prevalecia o talento, não a tecnologia fortalecendo voz de quem nunca saberá
louvar ao vivo, sem play back.
Cristãos mais idoso vão se lembrar de pérolas como: “Alma
Cansada”, “Cristo é Meu Amigo”, “Que Coisa Linda”, “Que Bom Seria”, “Estrada de
Espinhos” e “Alguém me Tocou”. Em 1981
gravaram o álbum “Deixa Deus Dominar tua Vida”, o último lançado pelo dueto, com cada um seguindo carreira solo.
Hozana continua louvando ao Senhor no Espírito Santo, onde reside.
Uma das características de Paula Falcão é a voz
suave. Essa característica é visível no programa que apresenta ao lado do
marido Salomão, na rádio Adore FM, de São Paulo. Ali é possível ouvir todos os
seus louvores gravados recentemente.
Faz bem ao coração e ouvidos ouvi-la soltando a bela
voz no louvor “Livre pra Falar com Deus”,
do CD de mesmo nome que saiu em 2014.
Nascida em Itapecerica da Serra em 1996, cidade da
Grande SP, ela é filha de músicos e ficou conhecida por apresentar o programa
Bom Dia & Cia no SBT.
Iniciou a carreira muito cedo louvando na igreja
evangélica. Porém aos 8 anos participou do programa SBT Código Fama e saiu-se
vencedora. Em 2006 virou apresentadora e regravou um CD, “Os Pequenos Rebeldes”
ao lado de Yudi Tamashiro.
Três anos depois gravou o primeiro CD solo, “O
Início” trazendo dez faixas distribuídas entre Gospel Music, Infantil e Pop
Music. Dali saíram os singles: “Reine” e “Meu Segredo”. Em 2010 veio outro
álbum, “Meu Sonho de Criança” pela então Line Records com louvores
evangelizando de forma educativa, numa linguagem simples e objetiva.
O ano de 2012 marcou o lançamento do terceiro CD, “Pra
não me Perder”, com 12 faixas, trazendo influências da Pop Music e Pop Rock
rendendo dois singles: “Para não me Perder” e “Quando o Sol se Vai”. Em 2013
lançou o louvor “Espírito Santo”, maior sucesso de sua carreira, ganhando o
Troféu de Ouro como Melhor Música Gospel do Ano.
Em 2015 soltou em inglês a canção “I´ve Been Waiting”.
Seu mais recente trabalho pela Sony Music o quarto CD, “Até Sermos Um”,
abordando temas como Graça de Deus. O louvor “Tudo é Teu” se tornou single
deste álbum.
Victorino
Silva, agora com 77 anos, é um dos mais antigos adoradores da Gospel Music do
Brasil. Com quase 40 anos de estrada, é também pastor da Assembleia de Deus.
Nascido
numa família pobre, ficou órfão ainda criança e sofreu muita discriminação por
ter um braço defeituoso. As cobranças do mundo o levaram ao crime, crimes e
tráfico de drogas.
Quando
descobriu ter um câncer nos pulmões, tinha um conjunto e fazia shows, cantando
na Rádio Nacional e Tupi, proporcionando diversas amizades com artistas.
A doença já
havia tomando conta do pulmão direito e passava para o esquerdo. Desenganado
pela Medicina, aos 19 anos aceitou Jesus como Senhor num culto doméstico.
Aos 23 anos
foi convidado por um pastor para cantar no púlpito. Em pouco tempo gravou um
compacto simples (disco de vinil com duas músicas). Era o primeiro de uma longa
série que se estende até hoje.
Ouvir os louvores de
Marcela Taís é uma verdadeira massagem para os tímpanos. A voz gostosa de
menina deixa a canção mais bonita. Nascida em Mato Grosso do Sul, formada em
Letras, ela lançou o primeiro CD, “Cabelo Solto” no final de 2011.
Envolvida com música
desde a infância, participou de coral e estudou música. Já dirigiu clipes
musicais. Em agosto de 2012, a Sony Records a escolheu para estar numa coletânea
digital com outros músicos cristãos.
Em 2015 lançou o CD “Moderno à Moda Antiga”, dividindo sua produção com
Michael Sullivan. É saudável ouvir o louvor “Escolhi te Esperar”, verdadeira
cartilha para quem vai se casar.
Nesta enxurrada de
cantoras de Gospel Music, afinal de contas o mundo secular percebeu que
evangélicos gostam de música, diversos aproveitadores apareceram para arrancar
a lã das ovelhas por meio de louvores sem nenhuma unção.
Mas quando ouço
Michelle Delfino percebo que na grande quantidade de joio ainda existe trigo de
qualidade. Membro da Assembleia de Deus, ministério Belém, ela procurar fazer o
Ide do Senhor por meio de belas canções repletas de unção. Algo raro hoje em
dia.
Valéria conhece
disciplina desde criança, quando nasceu em 1985, no Estado do Pará. Seu pai é
sargento. Aos cinco anos de idade já se apresentava na igreja ao lado da mãe na
cidade de Monte Alegre.
Aos 15 anos gravou o
primeiro CD: “O Amor vem de Deus”. Aos 18 veio “Benção pra Você”. Sua beleza
não passou em vão. Aos 22 anos entregou o coração para o pastor Gildásio e
durante algum tempo viveu na Europa ministrar louvor.
Em 2009 lançou outro
álbum: “Tempo de Exaltação”. O ano de 2010 recebeu o CD “A Escolha de Deus”.
Seu estilo é pentecostal e maioria das letras é de sua autoria.
Quando se assiste o
clipe “Sem Palavras” é visível o compromisso de Vanilda com o Senhor. Ou seja,
chorando com quem chora, se alegrando com quem está alegre. Em vez de escolher
um cenário bonito, como muitos fazem, ela escolheu as escadarias da igreja da
Sé, onde quinzenalmente mães se reúnem em busca de notícias de filhos
desaparecidos. Só o coração de uma mãe para sentir a dor de um filho sumir e na
maioria das vezes nunca mais volta, pois já está morto, enterrado dentro das
matas ou jogado no fundo dos rios.
A voz suave e louvores
sem abusar de excesso de instrumentos, Vanilda demonstra os motivos de Jesus
Cristo ter lhe abençoado com um belo ministério de louvor. Ao longo de mais de
15 anos, essa compositora, cantora e apresentadora já lançou mais de 20 álbuns,
alguns em dupla com a irmã Célia Sakamoto.
Em 2004 saiu o primeiro
CD da série Porção Dobrada, o sexto de sua carreira, trazendo a sofistica
produção musical e arranjos do maestro Melk Carvalhedo. Este trabalho as
indicou ao Troféu Talento de 2005 nas categorias Melhor CD Pentecostal e Melhor
Dupla.
Tudo começou em 1997,
quando soltou o álbum de estreia, “Carro de Fogo”, produzido por Paulo Davi, em
gravação independente. Passou a louvar em diversas igrejas de São Paulo. Dois
anos depois veio o CD, “Escolhido e Aprovado”.
Em 2000 entrou na Sião
Records, onde soltou o terceiro CD Deus é Fiel. A partir daí passou a gravar
diversos discos, inclusive viajando a Europa. A partir de 2005, o maestro Melk
passa a produzir todos os seus álbuns. Em 2016 lançou o CD ao Vivo, “Esperarei”,
pela gravadora Musile Records.
O consenso crítico geral
mantém Mahalia Jackson como a maior cantora de Gospel Music. Foi a primeira
superstar deste gênero musical. Mesmo após décadas de sua morte, ela continua
imbatível. Ninguém conseguiu ocupar seu lugar.
Com seu contralto
singularmente expressivo, Jackson continua a inspirar as gerações de vocalistas
que seguem em seu rastro; entre os primeiros intérpretes espirituais a
introduzir elementos de Blues em sua música, ela infundiu a Gospel Music com
uma sensualidade e liberdade que nunca tinha experimentado antes, e sua arte
reescreveu as regras para sempre.
Nascida em uma das seções mais pobres de Nova
Orleans em 16 de outubro de 1911, Jackson fez sua estréia no coro de crianças
da Igreja Batista Plymouth Rock aos quatro anos, e dentro de algum tempo foi membro
proeminente do Monte. O coro júnior de Moriah Baptist.
Levantada ao lado de
uma igreja santificada, ela foi fortemente influenciada pela sua marca de
Gospel Music, com sua dependência de bateria e percussão sobre piano; outra
grande inspiração foi o Blues de Bessie Smith e Ma Rainey.
Durante muito tempo
enfrentou problemas sentimentais que resultaram em ataques cardíacas. Mesmo
assim obteve forças nos últimos anos de vida para um concerto de despedida na
Alemanha em 1971. Morreu no início do ano seguinte.
Aretha Franklin é um
dos gigantes da Soul Music e da Pop Music. O que pouca gente sabe é que ela deu
os primeiros passos na igreja onde seu pai era reverendo. Ali cantava no grupo
de louvor.
Como sempre acontece
com a maioria das cantoras da Black Music dos Estados Unidos logo apareceram as
propostas para abraçar a música secular. O dinheiro a seduziu e Aretha entrou
neste barco.
Usou as técnicas vocais
que aprendeu nos grupos de louvor da igreja onde congregava e emplacou diversos
hits nas paradas de sucesso da década de 1960: "Respect", "I
Never Loved a Man", "Chain of Fools", "Baby I Love
You", "I Say a Little Prayer" "" The House That Jack Built
", e vários outros.
Ganhou o título de Lady Soul, reforçando suas
raízes na Gospel Music. Ao lado das irmãs Carolyn e Erma cantou muitos anos na
igreja de Detroit na década de 1950. Aos 14 anos gravava o primeiro louvor. Foi
quando a Columbia Records a descobriu primeiro do que a Motown e a história
teve outro rumo. Em 2017, após mais de 60 anos de carreira anunciou que vai se
aposentar. Talvez quem sabe sobre tempo
para retornar à casa do Senhor.
Etta James é outro
exemplo de adoradores que nascem na igreja e depois o mundo consegue fisga-lo e
retiram da presença do Senhor. Nascida em 1938, em Los Angeles, viveu a maior
parte do tempo com os avós, quando passou a frequentar a igreja Batista.
Sua voz no grupo de
louvor chamava a atenção de todos os irmãos. Logo tornou-se solista e passou a
se apresentar em rádios. Aos 12 anos, após a morte de sua mãe adotiva, entrou
no mundo do crime.
Mesmo assim teve forças
para criar o grupo musical Creolettes. Logo chamou atenção do líder de banda
Johnny Otis, ao ouvir a canção “Roll with Me Henry”, resposta infame para o hit
“Work with Me Annie, de Hank Ballard.
O conjunto entrou na
Modern Records, regravando a música, agora com o nome “The Wallflower”, sucesso
em 1955. Após gravar o segundo hit “Good Rockin ´Daddy”, o grupo chegou ao fim
e Etta James ficou sozinha. Sua carreira durou 60 anos. Dependente de analgésicos,
morreu aos 73 em 2012.
Graciela lançou o primeiro CD,
Ele Chegou, em 2009, na cara e a coragem. Ou seja, bancando a produção com o
dinheiro do próprio bolso ou independente como o mercado denomina.
É uma prova de fogo. Precisa
vender o CD nas ministrações ou então colocar em algumas livrarias. Ela centrou
fogo no WhatsApp, enviando o material pelos Correios.
O CD, Deus, que saiu em 2015,
produzido por Lenno Maia, é uma verdadeira bomba atômica. Arranjos simples, sem
congestionamento de instrumentos, caracterizando um som pasteurizado, igual
comida fast food.
As faixas são bem espirituais: “Passe
pelo Deserto”, “Viúva de Naim”, “Deus”, “Travesseiro Molhado”, “Serva de Deus”,
“Quando a Trombeta Tocar”, “Ressuscitou”, “É pra Marchar”, “Homens e Mulheres”,
“Cadê Você” e “Vou te dar Vitória”.
Em 2010, Camila Verneck lançou o primeiro CD, cheio de louvores
com muita adoração. Estava pisando no terreno da Gospel Music. Ou seja tentando
descobrir qual o melhor roteiro para investir no seu mistério de louvor.
Três anos depois soltou o segundo álbum Nasci pra te Adorar.
Direcionado ao público jovem, ou teen como se fala nos Estados Unidos. Camila
diz que o louvor “Nasci pra te Adorar” veio num momento de muita luta, quando o
inimigo tenta barrar a caminhada do cristão.
Nos links abaixo, assistam alguns louvores de Camila, nesta
reta de adoração ao Senhor.
Década de 1970, a Gospel Music não tinha a visibilidade
atual. Os incrédulos a denominavam “música de crente”. Eis que surge os irmãos
da Banda Kadoshi, que no início da década de 1980 se chamava Atos 2, mas como
já existia um grupo com mesmo nome, trocaram para Kadoshi.
O estilo veio em cima da Funk Music (original, criado nos
Estados Unidos) das bandas Earth, Wind & Fire, Kool and The Gang, The Gap
Band, Bar-Kays. Na época, o melhor da Black Music dos Estados Unidos. O coral
de 50 vozes do grupo também marcou história na Gospel Music do Brasil.
Estouraram. Mesmo sem aparecer muito nas rádios e programas
de televisão secular, conseguiram vender muito disco de vinil, ganhando até
Disco de Ouro, pois na época ainda não existia o CD. As roupas no estilo
africano, com batas e gorros, como usadas pela Earth, Wind & Fire chamavam
a atenção.
O líder e fundador do grupo de louvor, pastor Silas Furtado,
era a linha de frente, de um time de músicos de qualidade, destacando o
guitarrista Cebolinha, as vocalistas Priscila Maciel, Priscila Angel, o
baixista Ted (um dos melhores da América Latina), o baterista Bal, além das feras
Renato, Isaac, Isaías, Duca, René, Praxedes e Gerson Isidoro.
Após o desmanche das peças chave da Kadoshi, é difícil saber
hoje por onde anda este grupo que foi muito usado por Deus para ganhar almas
perdidas nas trevas. É inesquecível a gravação ao vivo no ginásio do Ibirapuera
em 1997, totalmente lotado. Algo raro para uma banda de Gospel Music. Mas o
tempo passou e agora onde está essa banda maravilhosa, com aquela pegada
maravilhosa das décadas de 70, 80 e 90?
Tudo que vira comercial
não presta, pois passa a visar somente aumento do lucro. Os louvores atuais são
vítimas dessa armadilha. Muitos têm rima pobre e melodias horríveis, sem dizer
arranjos de machucar os tímpanos.
A unção passa longe
também dessas canções. As letras bonitas e espirituais, como ocorrem na harpa
cristã, passam longe de vários artistas, sim, pois não são adoradores. Resolveram
abraçar a Gospel Music apenas para ganhar dinheiro.
Para não me acusarem de
perseguidor, comparem ouvir Mattos Nascimento louvando “O Sonho de José”. Que
primor. Lindo arranjo, principalmente de teclado e um autêntico R&B, o
Blues de rua, como se chama nos Estados Unidos. Agora escolha a gritaria, inclusive
no estilo pentecostal e verá a diferença.
Nesta estrada
apareceram diversas rádios de hits gospel. São verdadeiros supermercados. Ali
nada toca sem antes passar no caixa da empresa, pagando o pedágio, ou jabaculê,
como dizia o falecido Tim Maia. Este pessoal percebeu que o Evangélico gosta de
música e partiram para cima deste público.
Sinal dos lobos
arrancando o pelo e a carne das ovelhas foi a entrada das Organizações Globo,
criando inclusive um selo direcionado à Gospel Music e troféu Promessa.
Infelizmente ainda existe cristão que acredita nas palavras dos executivos da
Globo, uma das emissoras mais endiabrada do mundo.
Para terminar esse
texto, vou postar louvores antigos, bem gravados e cheios de unção. Se você for
inteligente, calculo que seja, faça a comparação com o lixo atual...